No último domingo, dia 29 de abril, o guitarrista
Kiko Loureiro (Angra), que retornou ao Brasil depois de quase um ano fora do país, fez um workshop na exposição
Let´s Rock,
na Oca, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Os fãs compareceram em
massa para participar do encontro com o músico e conferir as novidades
sobre a carreira dele.
Às 15h, começou o workshop com todos os lugares do auditório
preenchidos. E os fãs puderam fazer diversas perguntas a Loureiro. Kiko
contou que está finalizando a gravação do seu 4º cd solo, que deve sair
em junho deste ano no Japão e depois no restante do mundo. Ele também
disse que foi convidado para fazer uma apresentação só com violão na
Itália no mês de maio e que já estava se preparando para isso.
Quando perguntaram como o músico daqui é visto fora do Brasil ele disse
que “falar que é músico brasileiro no exterior é super bem visto, mas
fica ainda aquela ideia da bossa nova. Eu conheci lá fora várias pessoas
que falam português só de ouvir músicas brasileiras”, disse Loureiro.
Sobre as suas influências musicais Kiko falou que “o cara tem que ouvir
de tudo, tem que abrir a cabeça. Sempre ouvi rock e muita MPB, como
Chico Buarque e Tom Jobim. Outro fã perguntou o que ele achou dos
problemas com o festival Metal Open Air (MOA) que foi cancelado este mês
no Maranhão, e Loureiro respondeu, “já estou nessa cena há muito tempo e
quando me falaram desse festival no Maranhão eu achei estranho”. Já
toquei no Wacken e em São Luís também e sei qual cidade tem
infraestrutura para fazer show. Em São Luís que eu já toquei várias
vezes a cidade não tem essa infraestrutura. Infelizmente tem muito
contratante que faz isso, paga metade do cachê e a banda está lá no
local do show e acaba tocando para não se queimar. O Angra há 10 anos
tocou lá em São Luís com esse mesmo contratante e não foi legal. Ele
podia ter feito somente um show internacional, mas as bandas exigem
coisas e no Nordeste rola muito disso aí. O Megadeth tocou no festival
porque, provavelmente, eles saíram dos EUA com 100% do cachê pago. Fica
fácil para uma banda grande tocar... é diferente”, enfatizou ele,
acrescentando que “no ano passado eu cancelei um workshop em Macapá por
causa da falta de condições. Tomara que essas coisas mudem.”.
Kiko também contou que participou do show tributo ao guitarrista
Jason Becker na Holanda e que tocou com o baixista
Stuart Hamm,
e que teve a participação de 11 guitarristas de renome lá. Sobre o
Angra, Loureiro falou que como ele acabou de retornar ao Brasil ele
tinha se reunido com os outros membros da banda na última quarta-feira
para ver o que eles vão fazer, mas não adiantou nada ainda.
Na ocasião, Kiko tocou com o músico peruano
Jean Pierre que foi o vencedor de um concurso da marca
Tagima e eles tocaram juntos duas músicas do álbum
“No Gravity”, o 1º CD solo de Loureiro. E Kiko também tocou sozinho a música
“Feijão de Corda”. No final, esbanjando simpatia, ele deu autógrafos e tirou fotos com os fãs no local.
A mostra
Térreo: Let’s Rock – Logo na entrada da Oca, percorrendo um tubo de 20m,
o visitante terá contato com uma “timeline” (linha do tempo) que trará
por meio de fotos – licenciadas pela Latinstock Brasil - textos,
recursos gráficos e canções que se tornaram clássicos, alguns dos
principais fatos das seis décadas da história do rock, desde os anos 50
até a primeira década do século XXI. Abrigados em meio aos andaimes
instalados no espaço, figurinos, instrumentos, cartazes e outros objetos
vão atiçar ainda mais o interesse dos fãs do rock e daqueles que já
tenham sido tocados por esse fenômeno musical, bem como aguçar a
curiosidade das pessoas que ainda não tenham intimidade com o universo
cultural.
No mesmo andar térreo, há um espaço dedicado à “Rolling Stone”, no qual
são expostas as capas históricas da revista; um estande da Tagima e
N.Zaganin, onde os visitantes poderão tocar em diferentes modelos de
guitarras das conceituadas marcas (alguns deles, considerados melhores
que as míticas Fender); uma loja da It´s Only Rock ´n´Roll, que
comercializa produtos legais e licenciados de cantores, cantoras e
bandas; e serviços de bar e chapelaria.
Subsolo – Com cerca de 200 fotos, o subsolo receberá exposições dos
fotógrafos brasileiros Otavio Sousa (em oito anos de cobertura musical,
registrou apresentações que foram parar em veículos especializados e,
desde 2008, seu trabalho integra a exposição constante do Hard Rock Cafe
Hotel, em Las Vegas) e MRossi (responsável pela cobertura de shows
épicos em território nacional, como os do ACDC, Kiss e Faith No More),
além de uma grande mostra do fotógrafo americano Bob Gruen.
Considerado um dos maiores fotógrafos da história do rock, Gruen
fotografou ao longo de sua carreira ídolos e bandas como Rolling Stones,
Led Zeppelin, John Lennon, Debbie Harry (Blondie), Sid Vicious (Sex
Pistols), Kiss, The Clash, Iggy Pop, David Bowie, Elvis Presley, Patti
Smith, The Jackson 5 (Michael Jackson), Ramones e Bob Dylan, entre
outros.
No subsolo da Oca, foi instalado um auditório para aproximadamente 150
pessoas onde vão acontecer pocket shows, workshops com músicos,
bate-papos e exibição de filmes e documentários sobre rock, como “Titãs:
30 Anos”, “Herbert de Perto” e “Arnaldo Baptista” – para as palestras,
espetáculos e workshops mais concorridos, haverá distribuição prévia de
senhas. Além disso, haverá seis lounges, nos quais os visitantes poderão
ouvir playlists dos mais diferentes estilos do rock, criadas
especialmente para o evento. Ainda no subsolo da Oca, ocorre uma mostra
de guitarras customizadas pelo artista plástico e musico Magoo Felix,
pelo guitarrista Marcinho Eiras e por mais alguns músicos do mainstream
brasileiro. Para que todas as pessoas possam participar ao redor do
mundo, as guitarras serão posteriormente leiloadas pela internet e a
renda será revertida a instituições como a Fundação Viva Cazuza e a
Freddie For a Day, ligada ao ex-vocalista do Queen, Freddie Mercury.
O megaevento – patrocinado pela NET, co-patrocinado pela Sabesp e
apoiado pela Tagima, N.Zaganin e revista Rolling Stone – conta com os
benefícios da Lei Roaunet, do Ministério da Cultura, e do Programa de
Ação Cultural (ProAc), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
Sobre a Hey! Ho! Entretenimento
A Hey Ho! Entretenimento, novo nome da Móbile Cultura e Entretenimento, é
uma produtora de eventos e assessoria em projetos culturais,
especializada em elaborar, implementar e gerenciar ações em todas áreas
de cultura e entretenimento.
A Hey Ho! Entretenimento desenvolve projetos culturais com o objetivo de
dar visibilidade às diversas vertentes artísticas. Foi responsável pela
elaboração e produção da Exposição Bossa 50, na ocasião do
cinquentenário da Bossa Nova, no Pavilhão da Bienal de São Paulo.