Percorrer as ruas muitas vezes lotadas da Expomusic, feira internacional da música, é sempre uma experiência visual e auditiva enriquecedora. O evento que aconteceu no período de 19 a 23 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, trouxe como sempre instrumentos musicais de vários tipos, acessórios, estrutura de palco e iluminação além das apresentações de artistas variados. Ali é possível encontrar desde jovens talentos até feras consagradas no mundo da música.
Minha visita aconteceu no dia 22, sábado, período em que a feira teve um afluxo de público muito grande. A primeira parada foi no estande da Musical Express, às 15h00, onde se apresentaram para uma jam os músicos Arismar do Espírito Santo e Kiko Loureiro. Improvisando com ritmos cheios de latinidade, ambos conseguiram juntar ao seu redor um aglomerado de fãs entusiasmados. Em seguida uma conferida no espaço da Roland e lá estava Danilo Mendes, exercitando seu virtuosismo nos teclados. Em 2009, ele entrou para o RankBrasil com o título de “tecladista mais rápido do país”. O recordista executa, no linguajar técnico, uma figura rítmica de semicolcheia a 310bpm, em uma técnica mecânica.
Hora de novo deslocamento e dou de cara com Claudio Venturini (14 Bis) num dos corredores e ele, cordial, fez pausa para foto. Foi possível também captar a imagem de Ivan Busic (baterista do Dr. Sin) enquanto concedia uma entrevista, o mesmo acontecendo com o sempre sorridente Edu Falaschi (Almah). Um pouco mais adiante foi a vez de Russo fazer pose para o flash.
Não tive acesso ao workshop de Andreas Kisser, pois o local apresentava lotação máxima, mas ele gentilmente recebeu nossa equipe numa ante-sala, junto com o músico Faiska para um breve papo. Próximo dali, um encontro agradável com o baixista e vocalista Ricardo Parronchi, cujo CD solo "Finding My Way", recheado de influências de blues e soul rock, constitui-se num verdadeiro deleite.
De volta ao cantinho da Musical Express pudemos conferir a apresentação de Ricardo Vignini e Zé Helder com seu trabalho Moda de rock em que interpretam clássicos do rock como se fossem modas de viola. Absolutamente cativante.
Na sequência foi a vez do baixista Fabio Zaganin e do guitarrista Michel Leme oferecerem verdadeira aula de virtuosismo. Não aquele estéril e exibicionista, mas sim o que está a serviço da boa música. Groove, técnica e carisma transbordando num pequeno espaço e as palmas vigorosas do público foram a conseqüência natural. As pernas já davam sinais de cansaço; era hora de encerrar nossa cobertura e o saldo foi muito positivo. No próximo ano, certamente estaremos de volta.
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