Num domingo e com a casa lotada, o Motorhead veio mais uma vez fazer barulho em Curitiba, desta vez na turnê que comemora os 35 anos da banda. Uma grande fila se formou antes da abertura do Curitiba Master Hall. Às 21:30, quando as luzes do palco se apagaram, os fãs já estavam ansiosos para encontrar os mestres Lemmy Kilmister, Phil Campbell e Mikkey Dee.
Pra começar em alto estilo, as clássicas “Iron Fist” e “Stay Clean”. Lemmy arriscou um “obrigado”, fazendo a galera gritar ainda mais. Em seguida veio “Get back in Line”, do novo álbum. Pessoalmente, gostaria de ouvir no show “Born to Lose” ou a marcante “Brotherhood of Man”, mas tudo bem. Phil assumiu o microfone pra falar um pouco com a galera, mandando todos erguerem os braços se quisessem que eles tocassem mais alto... Claro que não foi preciso pedir duas vezes!
Veja a galeria de fotos do show do Motorhead
Depois de “Metropolis” e da obscura (e ótima!) “Over The Top”, a banda tocou algumas faixas dos discos mais recentes (confira no set list). Em seguida, foi uma excelente surpresa ouvir “I Got Mine”, pois durante muito tempo o Motorhead simplesmente ignorou as músicas do grande “Another Perfect Day”. Acho que os fãs mais novos deveriam ouvir esse disco com atenção.
Os caras continuam pesados e barulhentos. Destaque para Mikkey Dee, que é um daqueles caras que “descem o braço”, tocando com técnica e precisão, desde os tempos de King Diamond. Pra quem acha que somente bateristas como Neil Peart e Mike Portnoy merecem respeito e admiração... reveja seus conceitos!
A partir de “Going to Brazil” a coisa toda ficou ainda mais agitada, a galera começou o inevitável moshpit. Como nem todo mundo estava ali pra se divertir, alguns fãs sem noção começaram a provocar briga, o que realmente aconteceu, felizmente por pouco tempo. É uma pena constatar que praticamente não existem headbangers batendo cabeça nos shows hoje em dia. É sempre o mesmo pula-pula e empurra-empurra, que muitas vezes acabam em confusão, realmente uma pena. Uma pergunta básica: o que aconteceu com o lance de agitar batendo cabeça? Isso ficou pra trás, é realmente uma coisa do passado? Estou ficando velho e ranzinza mesmo, hahaha!!!
“Ace of Spades” não poderia deixar de ser tocada, é simplesmente obrigatória! É meio clichê escrever isso, mas essa música realmente faz a casa tremer, literalmente. No bis, pra terminar o massacre sonoro, a incomparável “Overkill”. Ouvindo gravações ao vivo mais antigas, dá pra perceber que essa música continua com a mesma força, a mesma potência, ainda mais com um batera como Dee.
Estivemos mais uma vez diante de um mito: Lemmy Kilmister. Quando ele parar de beber uísque, seu coração vai parar de bater... Pude perceber que suas mãos tremulam em alguns momentos enquanto toca, o que também aconteceu no final do show, no momento em que distribuiu palhetas ao público. Mas, vejam bem: o cara tem 65 anos! Provavelmente o solo de guitarra e de bateria foram estrategicamente colocados no set pra ajudar nosso amado Lemmy a tomar fôlego (ou a tomar mais uns goles, tanto faz). De qualquer maneira, sua trajetória e contribuição no mundo do Rock merecem aplausos, reverências e agradecimentos por toda a eternidade.
Um detalhe que considerei negativo sobre o evento é o preço dos itens de merchandising. Além das camisetas oficiais, reparei que uma baqueta estava sendo vendida por “apenas” R$40!!! Tudo bem que não é uma baqueta qualquer, tem o logotipo da banda e a assinatura do Mikkey Dee, mas comprar isso aí é só pra colecionador mesmo. Claro que teve gente que pagou na boa, tudo bem, mas achei um preço bem exorbitante, uma “facada” muito bem dada. Parabéns pra quem comprou, mas eu não comprei porque não quis mesmo. E jamais vou me considerar menos fã por não ter comprado, graninha no bolso já!
Set list:
Iron Fist
Stay Clean
Get Back in Line
Metropolis
Over the Top
One Night Stand
Rock Out / Guitar Solo
The Thousand Names of God
I Got Mine
I Know How to Die
The Chase Is Better Than the Catch
In the Name of Tragedy / Drums Solo
Just ''Cos You Got the Power
Going to Brazil
Killed by Death
Ace of Spades
bis:
Overkill
Pra começar em alto estilo, as clássicas “Iron Fist” e “Stay Clean”. Lemmy arriscou um “obrigado”, fazendo a galera gritar ainda mais. Em seguida veio “Get back in Line”, do novo álbum. Pessoalmente, gostaria de ouvir no show “Born to Lose” ou a marcante “Brotherhood of Man”, mas tudo bem. Phil assumiu o microfone pra falar um pouco com a galera, mandando todos erguerem os braços se quisessem que eles tocassem mais alto... Claro que não foi preciso pedir duas vezes!
Veja a galeria de fotos do show do Motorhead
Depois de “Metropolis” e da obscura (e ótima!) “Over The Top”, a banda tocou algumas faixas dos discos mais recentes (confira no set list). Em seguida, foi uma excelente surpresa ouvir “I Got Mine”, pois durante muito tempo o Motorhead simplesmente ignorou as músicas do grande “Another Perfect Day”. Acho que os fãs mais novos deveriam ouvir esse disco com atenção.
Os caras continuam pesados e barulhentos. Destaque para Mikkey Dee, que é um daqueles caras que “descem o braço”, tocando com técnica e precisão, desde os tempos de King Diamond. Pra quem acha que somente bateristas como Neil Peart e Mike Portnoy merecem respeito e admiração... reveja seus conceitos!
A partir de “Going to Brazil” a coisa toda ficou ainda mais agitada, a galera começou o inevitável moshpit. Como nem todo mundo estava ali pra se divertir, alguns fãs sem noção começaram a provocar briga, o que realmente aconteceu, felizmente por pouco tempo. É uma pena constatar que praticamente não existem headbangers batendo cabeça nos shows hoje em dia. É sempre o mesmo pula-pula e empurra-empurra, que muitas vezes acabam em confusão, realmente uma pena. Uma pergunta básica: o que aconteceu com o lance de agitar batendo cabeça? Isso ficou pra trás, é realmente uma coisa do passado? Estou ficando velho e ranzinza mesmo, hahaha!!!
“Ace of Spades” não poderia deixar de ser tocada, é simplesmente obrigatória! É meio clichê escrever isso, mas essa música realmente faz a casa tremer, literalmente. No bis, pra terminar o massacre sonoro, a incomparável “Overkill”. Ouvindo gravações ao vivo mais antigas, dá pra perceber que essa música continua com a mesma força, a mesma potência, ainda mais com um batera como Dee.
Estivemos mais uma vez diante de um mito: Lemmy Kilmister. Quando ele parar de beber uísque, seu coração vai parar de bater... Pude perceber que suas mãos tremulam em alguns momentos enquanto toca, o que também aconteceu no final do show, no momento em que distribuiu palhetas ao público. Mas, vejam bem: o cara tem 65 anos! Provavelmente o solo de guitarra e de bateria foram estrategicamente colocados no set pra ajudar nosso amado Lemmy a tomar fôlego (ou a tomar mais uns goles, tanto faz). De qualquer maneira, sua trajetória e contribuição no mundo do Rock merecem aplausos, reverências e agradecimentos por toda a eternidade.
Um detalhe que considerei negativo sobre o evento é o preço dos itens de merchandising. Além das camisetas oficiais, reparei que uma baqueta estava sendo vendida por “apenas” R$40!!! Tudo bem que não é uma baqueta qualquer, tem o logotipo da banda e a assinatura do Mikkey Dee, mas comprar isso aí é só pra colecionador mesmo. Claro que teve gente que pagou na boa, tudo bem, mas achei um preço bem exorbitante, uma “facada” muito bem dada. Parabéns pra quem comprou, mas eu não comprei porque não quis mesmo. E jamais vou me considerar menos fã por não ter comprado, graninha no bolso já!
Set list:
Iron Fist
Stay Clean
Get Back in Line
Metropolis
Over the Top
One Night Stand
Rock Out / Guitar Solo
The Thousand Names of God
I Got Mine
I Know How to Die
The Chase Is Better Than the Catch
In the Name of Tragedy / Drums Solo
Just ''Cos You Got the Power
Going to Brazil
Killed by Death
Ace of Spades
bis:
Overkill
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